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23 de agosto de 2022
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23 de agosto de 2022Conforme Sergio Majeski, muitas escolas públicas capixabas não dispõem de vigilância voltada para a proteção da comunidade escolar
A invasão da Escola de Ensino Fundamental Eber Louzada, em Jardim da Penha, (Vitória), na sexta (19), por um ex-aluno armado com faca – e que tinha em seu poder bombas de fabricação caseira, além de arcos e flechas – motivou discurso do deputado Sergio Majeski (PSDB).
Em pronunciamento na sessão plenária desta segunda-feira (22), Majeski citou que a facilidade com que o jovem de 18 anos entrou no estabelecimento demonstra a falta de segurança verificada na maioria das escolas públicas capixabas, fato que ele frisou estar denunciando desde o governo passado.
O deputado relatou que a vigilância em alguns estabelecimentos de ensino muitas vezes é contratada para proteger o patrimônio, mas não a comunidade escolar. Ele apelou no sentido de que o Estado e as prefeituras contratem vigilantes para proteger alunos e profissionais do ensino nas redes estadual e municipais.
Saúde mental
Conforme Majeski, outro desafio a ser enfrentado no ambiente escolar é a situação da saúde mental de estudantes e professores. Ele defendeu a contratação de psicólogos e assistentes sociais pelas escolas para o tratamento de estudantes que apresentam distúrbios psíquicos.
O parlamentar relatou que muitos alunos fazem parte de famílias desestruturadas e manifestam comportamento violento nas salas de aula, ameaçando fisicamente os professores. “Muitos estudantes não respeitam nem os pais, como vão acatar a disciplina que os professores tentam implantar?”, questionou.
O deputado relatou que em decorrência do impacto emocional do dia a dia provocado por estudantes de comportamento violento, muitos professores estão manifestando sintomas de depressão, ansiedade e até síndrome de pânico.
“É preciso que, além dos alunos, os professores também sejam atendidos por especialistas em saúde mental por meio da criação de uma política de Estado com esse fim”, defendeu.
Professora do ano
O deputado Bruno Lamas (PSB), presidente da Comissão de Educação, repercutiu prêmio nacional recebido pela professora de biologia Camila Reis dos Santos, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rômulo Castello, localizada em Carapina Grande, na Serra.
Ela venceu o IV Prêmio Educação em Ciências 2022, concedido pela Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe) em parceria com o Instituto Questão de Ciências (IQC).
Conforme Lamas, a proposta do certame é selecionar os melhores professores do país em ciências com o objetivo de estimular a criatividade no processo de aprendizagem dessa área do conhecimento.
O experimento apresentado por Camila envolveu 70 alunos de turmas do 3º ano do ensino médio da unidade de ensino da Serra. Eles desenvolveram estudos sobre os efeitos do estresse salino e da seca nas culturas de alface em solos irrigados no Nordeste.
Abuso infantil
O deputado Delegado Danilo Bahiense (PL) alertou o poder público sobre a necessidade de coibir e prevenir os abusos sexuais contra crianças e adolescentes no estado ao lembrar que de janeiro até o dia 9 de agosto já foram registrados 486 crimes desta natureza.
Danilo disse que os números se referem apenas aos registros feitos por meio de ligações para o serviço 181, que recebe esse tipo de denúncia, e citou que em todo o ano passado houve 578 ocorrências, o que projeta para 2022 um agravamento do problema.
O parlamentar acrescentou que nos últimos dois anos houve em estatísticas gerais 3.500 casos de violência contra menores de idade no Espírito Santo, o que significa média de uma denúncia a cada oito horas.
“Conclamamos por mais medidas de proteção à criança e ao adolescente no estado”, apelou Bahiense, que preside o colegiado que trata do tema na Casa.
Fonte: Assembleia Legislativa Espírito Santo.