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17 de novembro de 2022Imagem: NASA/Divulgação
A NASA conseguiu lançar com sucesso a missão Artemis 1, enviando a primeira espaçonave americana que volta à Lua desde 1972 – há exatos 50 anos.
Às 3h47 (horário de Brasília), o gigantesco foguete SLS – do tamanho de um prédio de 32 andares – decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nos EUA.
Ele utilizou 3,3 milhões de litros de hidrogênio e oxigênio líquidos refrigerados, liberando cerca de 4 milhões de kg de empuxo na decolagem — mais do que qualquer outro veículo já lançado em solo americano até então.
Assim como nas tentativas anteriores, ocorreram alguns contratempos durante os momentos anteriores ao lançamento. Cerca de três horas antes da decolagem, um pequeno vazamento intermitente foi detectado na válvula de reabastecimento de hidrogênio líquido na torre de lançamento móvel da Artemis 1. Para resolver o problema, a NASA precisou enviar dois técnicos para estancar o vazamento, um procedimento considerado perigoso, pois o foguete já estava carregado com combustível.
A agência espacial também encontrou um material isolante solto no exterior da espaçonave Orion que poderia cair durante o lançamento. Porém, engenheiros afirmaram que este material é considerado leve, minimizando o risco de provocar algum dano ao foguete.
Além disso, a Força Espacial dos EUA teve problemas para acessar os dados de rastreamento do foguete, devido a um switch de rede com defeito. A agência chegou a emitir uma ordem de “proibido” para a decolagem, mas o problema foi sanado com a substituição do equipamento ruim, 10 minutos antes do lançamento.
O foguete impulsiona a Orion em uma jornada de ida e volta à Lua. Nesta primeira viagem, não há astronautas a bordo. A missão Artemis 1 consiste em testar o SLS e a Orion em um voo real, certificando que o veículo está pronto para retomar os voos tripulados para a superfície lunar.
“Somos todos parte de algo incrivelmente especial: o primeiro lançamento do [programa] Artemis, o primeiro passo para retornar nosso país à Lua e a Marte. O que vocês fizeram hoje inspirará as gerações vindouras”, disse a diretora de voo Charlie Blackwell-Thompson à equipe da missão, revelou o site Space.
Esta era a terceira vez que a NASA tentava tirar o foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial) do chão. Desde o final de agosto, vazamentos no tanque de combustível do foguete e a passagem de furacões acabaram atrasando a decolagem.
Ao todo, a missão terá uma duração de 25 dias, 11 horas e 36 minutos. A previsão é que ela será encerrada no próximo dia 11 de dezembro, quando a Orion pousar no Oceano Pacifico, próximo da costa dos EUA.
Plano de voo da Artemis 1
Ao entrar em órbita, a nave Orion conseguiu implantar os seus painéis solares e, após algumas verificações, a agência enviou o comando para iniciar a manobra para colocá-la em uma trajetória para a Lua, às 05h16.
A viagem até a Lua deve durar cerca de 5 dias, conforme o cronograma abaixo divulgado pela agência:
- 21 de novembro: A Orion liga seus motores para fazer um sobrevoo na Lua, fazendo a nave se aproximar a cerca de 100 km da superfície.
- 25 de novembro: A espaçonave liga novamente seus motores para entrar em uma órbita retrógrada distante em volta da Lua.
- 28 de novembro: Dia em que a Orion atinge a distância de cerca de 480 mil km da Terra, um recorde para uma espaçonave da NASA.
- 1º de dezembro: No 16° dia da missão, a nave espacial liga os motores para sair da órbita retrógrada e se preparar para deixar a órbita lunar.
- 5 de dezembro: A espaçonave inicia a volta à Terra.
- 11 de dezembro: A Orion pousa com a ajuda de paraquedas no Oceano Pacífico, próximo da costa dos EUA.
No total, a espaçonave deve percorrer 2,1 milhões de quilômetros e atingir velocidades de até 40.000 km/h – o equivalente ao Mach 32.
Fonte: giz_br.