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9 de junho de 2025A cerca de 3 km da Praia da Costa, a Avalanche desafia limites e coloca o Espírito Santo no mapa do surfe de ondas grandes
Um cenário digno dos melhores filmes de surfe de grandes ondas está no Espírito Santo. Um trecho específico do mar de Vila Velha, a aproximadamente três quilômetros da Praia da Costa, tem se tornado o centro das atenções para surfistas e bodyboarders que buscam adrenalina. O motivo? A formação da Avalanche — uma das maiores e mais potentes ondas do Brasil.
A equipe da A Gazeta Esportes foi até lá conferir de perto esse fenômeno natural. A missão começou na Praia do Ribeiro, de onde saímos de jetski em direção à laje, guiados por Luiz Hadad, surfista e um dos descobridores do pico.
A laje, conhecida pelos pescadores locais como Baixo dos Pacotes, faz parte de um arquipélago composto por três ilhas e uma quarta formação submersa. Segundo relatos dos próprios surfistas, como André Vello, essa bancada cria condições únicas. “Imagine que ao redor, a profundidade passa dos mil metros, e de repente salta para quatro metros. Essa mudança brusca é o que faz a onda quebrar com tanta força e perfeição”, explica Vello.
A combinação entre a topografia submarina e as ondulações de sudeste/leste resulta na temida — e adorada — Avalanche. Uma onda violenta, que exige técnica, preparo e respeito.
Desbravadores
A expedição contou com a presença da equipe NXF Bodyboarders, pioneira na exploração do pico e presença constante nas sessões mais críticas. Ao lado deles, os gráficos de previsão de ondas são analisados com precisão cirúrgica para planejar o momento certo de remar — ou rebocar — para o drop.
No bodyboard, encararam as bombas Breno Kuster, Bernardo Nassar, André Majevski, Carlos Bellumat, Abdo Almeida, Davi Duda e Thiago Abul. Já no tow-in (modalidade com prancha e auxílio de jetski), Felipe Lacerda, Fábio Sandes, Thiago Berger e André Vello caíram no mar com o suporte essencial das duplas de pilotagem.
Conheça a Onda Avalanche em Vila Velha

Conheça a Onda Avalanche em Vila Velha por JOAO VITOR MOREIRA ( JV FOTOS )
Projeto por trás da missão
Mais do que adrenalina, há um objetivo claro por trás dessas expedições: consolidar o Espírito Santo como um dos polos nacionais do surfe de ondas grandes. Esse é o propósito do Diamantes Capixabas, projeto que fomenta o protagonismo capixaba com foco em formação técnica, segurança e registros audiovisuais em ondas como Avalanche e outras bancadas de Vila Velha, Vitória, Guarapari e Serra.
A meta é ousada: quebrar o recorde da maior onda já surfada no Brasil — e fazer isso em águas capixabas. Além disso, o grupo se prepara para competições como o Brasileiro de Ondas Grandes, reforçando a cultura oceânica e a força do esporte no estado.
Fonte: A Gazeta.