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4 de abril de 2023O número representa 9% do total de trabalhadores ocupados no Espírito Santo, e o 10º maior percentual no país
O Espírito Santo encerrou 2022 com mais de 170 mil pessoas ocupadas em cargos relacionados à economia criativa. O número representa 9% do total de trabalhadores ocupados no Estado, e o 10º maior percentual no país.
A economia criativa se refere ao trabalho ligado às artes, como música, teatro e artesanato, além de outros segmentos como gastronomia, design e publicidade. Tudo que tem como base a criação de produtos ou serviços ligados à criatividade.
É o caso da professora de teatro Vanessa Frisso, que, em 2017, ao lado do marido, realizou um grande sonho de abrir uma escola de atores. O crescimento foi tanto, que uma funcionária já foi contratada e outros dois professores já estão a caminho.
“A gente sente esse crescimento, que culminou com a gente não estar nem dando conta mais de dar todas as aulas. Antes éramos só eu e Paulo dando aula, agora a gente já tem uma professora. E estamos com novos horários abertos, a procura tem crescido muito”, contou.
Ela disse ainda que percebe um crescimento exponencial da área nos últimos anos e que o Espírito Santo tem grande potencial de expansão nas áreas culturais.
“A economia criativa é um caminho que a gente observa fora daqui, em outros países, em outros estados que tem um crescimento muito grande, que emprega muitas pessoas. E acho que o Espírito Santo tem esse espaço para crescer”.
No Estado, mais de 55% dos trabalhadores envolvidos na economia criativa estão no mercado privado, já 36% trabalham por conta própria. Um dos setores de destaque no meio é a gastronomia, como informa o diretor presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira.
“A gente tem um destaque da gastronomia, que é responsável por um percentual considerável das pessoas empregadas na Economia Criativa, também temos destaque em outros segmentos como arquitetura, cultura, música”, disse.
Mas para quem pensa que o setor de tecnologia fica atrás quando se trata deste mercado, está enganado. O segmento de Tecnologia da Informação é um dos que mais cresce. Em quatro anos, o número de pessoas empregadas neste setor cresceu de 11 mil para 20 mil, de acordo com Lira.
A média de rendimento dos profissionais de economia criativa gira em pouco mais de R$ 2300, mas com os investimentos, mais pessoas devem ingressar neste mercado, pois a tendência é que continue crescendo, como explica o Secretário Estadual de Cultura, Fabrício Noronha.
“A gente imagina que com a continuidade dessas ações, desse investimento, temos agora a Lei Paulo Gustavo, a Lei Audir Blanck 2, significa mais recursos chegando na ponta para fomentar essas ações e reverberando em geração de emprego, geração de renda”, disse.
Fonte: Folha Vitória.