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23 de outubro de 2024Até o início do mês, segundo dados da Sesa, foram registrados 343 casos suspeitos e 46 confirmados. Em 2023, foram 33 notificações e 5 casos confirmados
O Espírito Santo redobrou a atenção para o aumento doenças respiratórias em 2024. Entre elas está a coqueluche, uma infecção respiratória, transmissível, causada por bactéria, que pode levar à morte caso o paciente não receba o tratamento correto. Em comparação com o ano passado, o Estado registra um aumento de 800% no número de casos.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até a semana epidemiológica (SE) 40, que terminou em 5 de outubro, foram registrados 343 casos suspeitos e 46 confirmados de coqueluche em cidades capixabas. Até então, não há registro de mortes.
Em 2023, destacado, foram registradas 33 notificações suspeitas e 5 confirmações no período.
Em entrevista a TV Vitória/Record, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo,descreveu que mesmo com a cobertura vacinal é possível ter surtos da doença.
“A coqueluche é uma bactéria. Com isso, podemos ter surtos mesmo com a cobertura vacinal há cada 3 a 5 anos, mesmo assim, a medida mais eficaz contra a doença é a vacinação“, explica.
Diante do aumento do número de casos, a especialista reforça a importância da vacinação, considerada a medida mais eficaz contra a doença. E principalmente, que as famílias não deixem de vacinar o público-alvo: as crianças menores de 7 anos.
“A vacinação é dada no público alvo infantil, as crianças menores de 7 anos. Primeiro com a vacina Pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses de vida e depois com a vacina DTP, com 15 meses de 4 anos de idade“, disse.
Gestantes devem se vacinar contra coqueluche
Danielle Grillo também destacou que a concentração dos casos de coqueluche é visualizada nos bebês mais novos, isso porque ainda não completaram o esquema de vacinação completo. “O ciclo da pentavalente é completo apenas com 6 meses de vida”.
Diante disso, a estratégia fundamental para evitar a coqueluche nos bebês menores do que 6 meses, onde a doença pode ser mais grave é a vacinação da gestante.
“A partir da 20 semana de gestação as mamães devem receber a vacina contra a coqueluche para que o bebe já nasça protegido até que ele complete o seu ciclo vacinal“, ressalta Danielle Grillo.
Como a coqueluche é transmitida?
A coqueluche uma doença infecciosa aguda, causada por uma bactéria sendo transmitida por meio de gotículas. Ou seja, no momento em que o paciente fala, tosse ou espirra.
Ainda segundo a especialista, a doença pode ser inicialmente confundida com uma síndrome gripal. “Entretanto, causa uma tosse secam onde a tosse prolongada por mais de 14 dias em adultos e mais de 10 dias em crianças”.
O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista. Por isso, é importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados.
Vacinação contra coqueluche está disponível no ES
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e das Doenças Imunopreveníveis descreve que a vacinação contra a coqueluche está disponível nos mais de 700 serviços de vacinação no Espírito Santo.
O esquema vacinal primário é composto por 3 doses (aos 2, 4 e 6 meses de vida, com intervalo de 60 dias, mínimo de 30 dias) da vacina penta, seguida dos reforços com a vacina DTP.
Além disso, esses imunizantes devem ser administrados em crianças a partir dos dois meses de vida e menores de 7 anos de idade, conforme recomendações estabelecidas pelo Calendário Nacional de Vacinação da Criança.
Além das crianças, a imunização deve ser feita também em gestantes e puérperas, e em profissionais da área da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde atuantes em UTI/UCI neonatal convencional, UCI Canguru, berçários.
*Com informações da repórter Alexandra Ximenes, da TV Vitória/Record.
Fonte: Folha Vitória.