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O Espírito Santo se destacou ao alcançar a 3ª colocação entre as Unidades da Federação (UFs) no ranking da participação de pessoas ocupadas em atividades econômicas criativas. Com percentual de 11,7% no quarto trimestre de 2023, o resultado capixaba ficou acima do desempenho nacional (11,2%), sendo superado apenas por São Paulo (13,3%) e Rio de Janeiro (13,9%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (09) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult), durante uma transmissão ao vivo do lançamento do Boletim Economia Criativa.
Na comparação com o quarto trimestre de 2022, o Espírito Santo avançou da 10ª colocação para a terceira. Já na base de comparação com o trimestre imediatamente anterior, o avanço foi de oito colocações.
Para o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, a realização dessa pesquisa em parceria com o IJSN é fundamental para nortear o trabalho realizado pela Secult, sobretudo por possibilitar uma análise cuidadosa do que tem sido feito em termos de políticas públicas, não apenas percebendo os acertos, mas também identificando os aspectos que precisam ser melhorados.
“A Secult concentra todo esse esforço em torno do programa ES+Criativo, lançado em novembro de 2019. Desde então, o Estado tem trabalhado muito na formação e na capacitação empreendedora, com o entendimento de que a cultura e a economia criativas são peças-chave para o desenvolvimento econômico e sustentável, com a geração de trabalho e renda. A cultura, além de sua importância pela nossa formação identitária e nosso senso de pertencimento, é também uma indústria formada por um conjunto de setores bem diversos”, afirmou Fabricio Noronha.
O secretário acrescentou ainda que os setores da economia criativa e da cultura no Brasil ainda carecem muito de dados. “Recentemente, promovemos um encontro entre estados para discutir sobre esses dados e constatamos isso. Nosso trabalho com o Instituto Jones foi mostrado lá e ganhou destaque pela qualidade e pela continuidade, porque é importante que ações como essa permaneçam”, salientou Noronha.
Em números absolutos, o Boletim registra 240.772 pessoas ocupadas em atividades criativas, representando um aumento de 14,8% em relação ao trimestre anterior (209.652). Já em comparação com o quarto trimestre de 2022, a variação foi de mais 20%. Entre as atividades que mais ocuparam pessoas na Economia Criativa no Estado, Alojamento e Alimentação se destaca, registrando 111.759 pessoas ocupadas no quarto trimestre de 2023, seguida por Informação e Comunicação, com 82.424.
Ainda segundo o Boletim, das pessoas que trabalharam nos segmentos criativos no Espírito Santo no quarto trimestre, 51,7% são trabalhadores do setor privado, seguido de 38,7% por conta própria e 7,5% de empregador — essa última categoria tendo registrado um crescimento de 2% em relação ao trimestre anterior.
O diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, destacou que esse crescimento de 2%, com relação à categoria Empregador, está relacionado ao potencial do empreendedorismo na perspectiva da economia criativa.
“O crescimento no número de empreendimentos que a gente observa no setor criativo está relacionado com a facilidade oferecida ao empreendedor. O Espírito Santo teve recorde na redução do tempo de abertura de empresa, se comparado a outros estados, e também se destaca na desburocratização para quem quer empreender. Esse cenário é resultado de um trabalho articulado do Governo do Estado, por meio da Junta Comercial, da Aderes, do Sebrae e dos municípios, para desburocratizar e fortalecer o empreendedorismo, que, como mostra o Boletim, tem se destacado também na ótica da economia criativa”, frisou Pablo Lira.
O Boletim Economia Criativa ainda aponta que, no quarto trimestre de 2023, o rendimento dos ocupados nos setores da economia criativa do Espírito Santo foi de R$ 2.927,97. Com esse valor, o Estado ficou na 9ª posição do ranking de rendimentos entre as Unidades da Federação, subindo quatro posições em relação à registrada no trimestre anterior. O rendimento médio do Estado situou-se abaixo da média brasileira (R$ 3.154,32), sendo que apenas seis UFs ultrapassaram a média nacional neste trimestre, que são: Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A partir do rendimento médio, o diretor de integração do IJSN, Antonio Rocha, apresentou o desempenho da massa de rendimento do Estado, que representa a soma de todos os rendimentos dos ocupados.
“A análise deste indicador fornece a informação de qual é o tamanho da renda gerada pelo trabalho nas atividades econômicas e apresenta a participação da economia criativa na geração de renda e trabalho no Espírito Santo. Como cresceu o rendimento e o número de pessoas ocupadas, cresceu também a massa de rendimento no quarto trimestre de 2023, apresentando crescimento de 25,1% com relação ao terceiro trimestre e 27,9% em relação ao mesmo trimestre de 2022”, detalhou Antonio Rocha.
O Boletim de Economia Criativa tem como objetivo acompanhar sistematicamente o desempenho das principais variáveis do mercado de trabalho desse segmento no Espírito Santo, comparando com os demais estados. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios – Contínua (PNAD-C), divulgada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Boletim Economia Criativa – 4º trimestre de 2023 pode ser acessado na íntegra em: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/boletins/economia-criativa.
Fonte: Governo ES