Injeções para diabetes são indicadas para emagrecer; o que dizem os médicos?
Endocrinologistas alertam para os riscos da automedicação e destacam que para a perda de peso saudável é preciso associar ao tratamento uma mudança no estilo de vida do paciente.
Elas foram desenvolvidas para tratar o diabetes tipo 2 e viraram febre quando o assunto é emagrecimento: a liraglutida e a semaglutida. A liraglutida chegou primeiro ao Brasil, ainda em 2011, como o nome comercial de Victoza e foi desenvolvida por um laboratório dinamarquês.
A indústria farmacêutica seguiu com os estudos e tempos depois, chegou ao Saxenda que tem o mesmo princípio ativo, porém, a indicação na bula contempla tanto o diabetes quanto a obesidade ou sobrepeso. Em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do remédio para a obesidade.
Já a semaglutida (Ozempic), foi aprovada em 2018 pela Anvisa. Segundo a médica endocrinologista Flávia Tessarolo, diferente da liraglutida, a indicação na bula é apenas para diabetes tipo 2.
“Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), já aprovou a semaglutida para o uso de sobrepeso e obesidade. Os estudos dessa droga para essa finalidade são muitos bons: promoveu 17% da perda de peso corporal. É importante lembrar que apesar de no Brasil ter indicação em bula para o diabetes, já existe respaldo científico e a aprovação da FDA”.
Apesar do medicamento ser usado off label, ou seja, fora da bula, quando prescrito por um endocrinologista, após criteriosa avaliação individual do paciente, o tratamento oferece segurança e eficácia no combate ao sobrepeso e a obesidade, de acordo com estudos científicos.
Automedicação: antes de usar as “canetas” é preciso procurar um especialista
Médicos da área fazem um importante alerta: antes de iniciar um tratamento, é fundamental procurar um especialista. Como qualquer outro medicamento, as injeções podem causar uma série de efeitos colaterais.
“A gente precisa de indicação para o remédio. Temos visto muita gente que não tem indicação, mas que vê amigos tomando, nota a perda de peso, vai na farmácia e compra. Isso é perigoso. O profissional precisa avaliar caso a caso. Se aquela medicação é a mais adequada para aquele paciente”, destacou Flávia.
Entre os efeitos colaterais estão a náusea e a diarréia. Porém, podem ser contornados com ajuda médica, por meio de orientações que vão desde o ajuste da dose aplicada, passando pelo tipo de alimentação e de acordo com o perfil de cada paciente.
Conhecer o comportamento alimentar, a rotina, se o candidato às injeções sofre com algum transtorno de compulsão, se come mais ao longo do dia ou à noite, se é “beliscador”! Isso tudo vai determinar se as canetas serão eficientes no tratamento. Dependendo do caso, elas podem até ajudar, mas não resolverão o problema.
“A obesidade e o sobrepeso têm vários fatores: é preciso descobrir cada um dos motivos que leva ao excesso de peso. É desmontar como um quebra-cabeças. Pessoas que se submetem a dietas muito restritivas, usam a medicação sem prescrição por 1 ou 2 meses vão emagrecer. Depois, voltam a ganhar peso. Quem pode definir o tempo de tratamento é o médico”, segundo a endocrinologista.
Os medicamentos têm segurança e benefícios a longo prazo. Flávia citou alguns, como a diminuição da gordura no fígado e a prevenção de doença cardiovascular, mas precisa avaliar individualmente.
Os números apontam 80% não consegue manter dieta a longo prazo, até mesmo entre os mais disciplinados. o remédios é um apoio mas não é o principal. ele ajuda a reduzir a ingestão calórica. é preciso tratar o paciente como um todo.
Entenda como funcionam as injeções para emagrecer
Tanto a liraglutida (Saxenda) quanto a semaglutida (Ozempic) são remédios injetáveis e são vendidos em formas de caneta. As diferenças ficam por conta das doses em cada dispositivo de aplicação e a periodicidade em que ela é feita. O primeiro requer injeções subcutâneas diárias. O segundo, uma vez por semana.
Segundo a médica endocrinologista, Priscila Peçanha, eles imitam a ação do GLP1, substância produzida pelo corpo que reduz o apetite, podendo levar a redução de até 10% do peso corporal.
“Essas injeções pertencem a uma classe chamada de análogos de GLP1 com uma apresentação em caneta , parecida com insulina. A ação dessa medicação é a de diminuir a fome, a nível de sistema nervoso central, e também reduz o esvaziamento gástrico, ou seja, você fica com uma sensação de que está mais cheio. Fora isso, diminui a resistência insulínica, além de vários estudos que indicam uma série de outros benefícios, como por exemplo, a melhora da esteatose hepática (gordura no fígado)”, disse.
De acordo com a especialista, as medicações são bastante seguras. Inclusive, podem ser usadas junto à outros fármacos uma vez que as injeções não provocam interferência nos remédios psiquiátricos (antidepressivos e ansiolíticos).
Outro ponto, é a possibilidade dos pacientes monitorarem as doses que administram. Como são canetas que atuam com o aumento progressivo das doses injetadas, os médicos podem ajustar a dose ideal para cada paciente da maneira que melhor ele se adapta.
“De todas as medicações que até hoje foram testadas, a gente vê uma eficácia maior, de forma geral. Claro que existem excessões, mas a gente vê resultados excelentes, afirmou”.
Priscila destaca que pacientes com histórico de pancreatite (inflamação no pâncreas) não podem ser tratados com a medicação. Quem já teve a doença não pode usar pelo risco de desenvolver um novo quadro além de ser um dos efeitos colaterais da injeção. A médica pontua que a pancreatite é algo muito raro e que de maneira geral, as medicações são muito seguras.
Vale lembrar que os melhores resultados só são alcançados quando associados a uma dieta balanceada, saudável e a prática de exercícios físicos.
“São medicações com resultados excelentes. Principalmente se o paciente adere à mudança de estilo de vida. A medicação sozinha, assim como outras, não faz milagre. Precisa associar è essa mudança, caso contrário, a perda de peso não será tão eficaz. Além disso, o tratamento pode ser feito a longo prazo”.
Um fator que pode limitar o uso contínuo das injeções é o custo do tratamento, que não é nada em conta. O preço médio do Saxenda chega a R$ 650 (caixa com 3 canetas) e o do Ozempic, R$ 750.
Voltando a lembrar: apesar das medicações serem vendidas sem a necessidade de retenção de receita, as pessoas não devem, de maneira alguma, se automedicarem.
Se o seu objetivo é perder peso com saúde, para que o tratamento aconteça de maneira segura e eficaz, é fundamental buscar a ajuda e o acompanhamento de um endocrinologista antes de iniciar o tratamento com qualquer tipo de remédio.
a gente precisa de indicação de remédio. temos visto muita gente que não tem indicação, vê amigos tomando, vai na farmácia e compra. o profissional precisa avaliar caso a caso. se aquele medicamento seria o melhor para o medicamento.
conhecer a alimentação, se tem algum transtorno de compulsão, se como mais de dia ou de noite, se é beliscados ou se como demais nas refeições. quem tem transtorno de compulsão, as canetas podem até ajudar, mas não vão resolver o problema.
os medicamentos têm efeitos colaterais: náusea, diarreia, mas isso tudo pode ser contornado. orientando por meio de alimentação, de acordo com o perfil de cada um, o médico tem que estar junto.
a pessoa tem que entender que quando vai tratar a obesidade, esse tratamento não tem data para terminar. é diferente de uma infecção de urina que tem dia para começar e para terminar.
a obesidade é uma doença crônica. imagina uma pessoa hipertensa, se ela parar de tomar o remédio, a pressão vai subir. com a obesidade é igual. ele entende que quando a gente está emagrecendo ele precisa retornar ao peso inicial e trabalha contra.
dietas muito restritivas, remédios 1 ou 2 meses e engorda de novo. tempo de tratamento é individual. medicamentos que tem segurança e benefícios a longo prazo: diminui gordura do fígado, prevenção de doença cardiovascular, mas precisa avaliar individualmente.
cada quilo que a gente perde a gente
obesidade tem vários fatores: tem que tentar descobrir cada um dos motivos para desmontar o quebra-cabeças e somente os médicos
80% não consegue manter dieta a longo prazo, até mesmo entre os mais disciplinados. o remédios é um apoio mas não é o principal. ele ajuda a reduzir a ingestão calórica. é preciso tratar o paciente como um todo.
Semaglutida na dose de 2.4 miligramas. sempre começam com doses menores.
apesar de no brasil ter indicação em bula para diante tipo 2, já existe respaldo cientifico e aprovação da FDA.
Saxenda, a sofra se chama liraglutida: a indicação na bula é para o emagrecimento e para a diabetes, sobrepeso e obesidade quando chegou ao mercado era victoza: indicação para diabetes tipo 2 e dispensa até1.8 miligramas. a indústria continuou com os estudos e chegou a dose maiores, via ascenda,
Off label (sem indicação na receita)
Vale destacar que a semaglutida (Ozempic), foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2018 apenas para tratar o diabetes tipo 2. Porém o medicamento, segundo especialistas, vem sendo usado off label, ou seja, fora da bula, com segurança e eficácia no combate ao sobrepeso e a obesidade.
Diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, Mário Carra ressalta que, antes de tudo, a consulta a um profissional de saúde é importante porque nem todos os pacientes respondem da mesma forma.
– As injeções para diabetes são indicadas ou não indicadas para o emagrecimento?
R: Saxenda, a sofra se chama liraglutida: a indicação na bula é para o emagrecimento e para a diabetes, sobrepeso e obesidade quando chegou ao mercado era victoza: indicação para diabetes tipo 2 e dispensa até1.8 miligramas. a indústria continuou com os estudos e chegou a dose maiores, via ascenda,
Ozempic: análogos de glp1 – uma injeção por semana, foi lançado em maio de 2019. A indicação na bula é para diabetes. Nos EUA, a FDA já aprovou para uso de sobrepeso e obesidade. os estudos dessa droga para obesidade são muitos bons: promoveu 17% da perda de peso corporal. Semaglutida na dose de 2.4 miligramas. sempre começam com doses menores.
apesar de no brasil ter indicação em bula para diante tipo 2, já existe respaldo cientifico e aprovação da FDA.
rybelsus – semaglutida oral porém só para diabetes tipo 2. isso é inédito. trata-se de uma tecnologia nova. indicação apenas para diabetes tipo 2. é um meio novo da droga e ainda não existe respaldo científico para usar em obesidade.
os medicamentos têm efeitos colaterais: náusea, diarreia, mas isso tudo pode ser contornado. orientando por meio de alimentação, de acordo com o perfil de cada um, o médico tem que estar junto.
– Em quais casos é indicado a utilização dessas injeções?
– Ela pode causar efeitos coletareais?
– O uso dessas injeçõs pode causar algum efeito no organismo?
– O uso da Jardiance (indicação apenas para diabete tipo 2 – ele só vai eliminar açúcar na urina se tiver excesso de glicose. para quem é diabéticos e tem sobrepeso é excelente, fora isso, não ajudará)
Ozempic,
– Glifage (diabetes tipo 2 e tem outras indicações, até para ovário policísticos, usa para pacientes com sobrepeso, resistência a insulina, pré diabetes, diabetes.
, Liraglutida (Saxenda – nome comercial) para emagrecer é aprovado pela FDA? (Federal Drug Administration, o FDA é o órgão governamental dos EUA).
Fonte: Folha Vitória.