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5 de abril de 2023Peixe é endêmico da Ilha da Trindade e é estudada por pesquisadores capixabas, cariocas e norte-americanos
A existência do peixe-ventosa não é nenhuma novidade para biólogos e estudiosos em todo o mundo, mas uma nova espécie deste animal, 100% capixaba, foi descoberta por pesquisadores do Espírito Santo na Ilha da Trindade.
O animal mede cerca de 2 centímetros e é muito menor que a espécie já conhecida. E ainda que pareça apenas uma versão em miniatura, há diferenças consideráveis entre os dois peixes.
A primeira vez que o peixe foi avistado na ilha foi há quase 30 anos, em 1995. De lá para cá, foram 28 anos de estudos desde a retirada da primeira amostra até o reconhecimento da comunidade científica.
A doutoranda em Biologia Animal, Thais Quintão, contou que a diferença genética foi de aproximadamente 2% de divergência entre a espécie ancestral, o que configura diferença suficiente para descrever a espécie capixaba.
Segundo o biólogo Hudson Pinheiro, a espécie é endêmica da Ilha da Trindade, ou seja, não ocorre em nenhum outro lugar do mundo. “Trindade é uma ilha que possui muitas espécies endêmicas”, relatou.
A nova espécie atualmente é analisada por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), além de estudiosos do Rio de Janeiro e da California Agency of Sciences, em São Francisco, Estados Unidos.
“O peixe se diferencia pela coloração, contagens de raios e também pela genética. O DNA dele mostrou que era uma espécie distinta das outras congêneres”, destacou o biólogo João Luiz Gasparini.
Segundo ele, a descoberta pode ainda ser profundamente pesquisada pelo campo da farmacologia, para buscar o desenvolvimento de medicamentos e produtos ligados à saúde.
“De repente, um peixe desses pode guardar fármacos que vão ser descobertos com mais pesquisa. Alguém da parte de farmacologia pode ter algum interesse, pode ter algum princípio ativo na pele ou na mucosa em volta do corpo, que seja importante”, ressaltou.
Fonte: Folha Vitória.