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18 de junho de 2024Prefeitura de Aracruz
19 de junho de 2024O desempenho da economia brasileira surpreendeu positivamente o mercado no 1º trimestre de 2024 com um avanço de 2,5%. A economia capixaba, por outro lado, confirmou as expectativas e superou a média nacional, com um avanço de 3,6% no primeiro tri, segundo o Indicador de Atividade Econômica (IAE-Findes). Na análise do economista e diretor da Futura, Orlando Caliman, o crescimento das duas economias sinalizam uma perda de força, mas a notícia para o estado é mais otimista.
Desempenho do Espírito Santo foi impulsionado por commodities
Na comparação do 1º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, dois dos três grandes setores da economia capixaba cresceram acima da média nacional.
A indústria avançou 5,9% e a agropecuária, 11,1%– que no país recuou 3%. A atividade de serviços avançou 2,7% e ficou marginalmente atrás do país.
Esse descolamento da economia capixaba em relação ao desempenho da economia nacional teve como principal fonte causal o setor extrativo mineral, que compreende atividades de extração de petróleo e gás, e produção de pelota de minério. Aliás, como tem acontecido mais acentuadamente nos últimos anos.
O setor extrativo mineral continua a funcionar como puxador do crescimento geral da economia capixaba: 16% na extração de petróleo, 26% na extração de gás, pelotas de minério de ferro na Vale com 4%, e Samarco com 12% [IBGE]. É especialmente reconfortante ver a Samarco retornando firmemente ao mercado, inclusive antecipando-se no seu cronograma de retomada.
Apesar das boas notícias para o estado e o país, Caliman analisa que os dois PIBs aparentam estar perdendo força no crescimento. Nos últimos trimestres, a economia capixaba descolou da brasileira com um desempenho superior, e mostra um arrefecimento mais brando– um importante fator nesse caso foi a força das commodities.
“O que se detecta quando são comparadas as duas curvas evolutivas é que estas apontam para uma redução no ímpeto do crescimento. Movimento que se visto como tendência pode indicar redução da força inercial dos últimos dois trimestres ou mesmo de queda na capacidade de tração intrínseca da economia. Porém, em menor intensidade no caso do Espírito Santo”, afirma o economista.
Sem dúvidas, a perda de tração da economia seria uma hipótese mais preocupante, pois indicaria que a economia teria atingido sua capacidade máxima de crescimento.
A boa notícia para o Brasil é o fim do “inverno” dos investimentos produtivos, que dão sinais de retomada.
“O alento, mesmo que com sinalização ainda tênue, parece estar vindo da reação positiva do lado dos investimentos produtivos, comumente denominados de formação bruta de capital. Estes, depois de longo “inverno” mostraram reação positiva no país neste primeiro trimestre, inclusive com impacto na importação de máquinas e equipamentos”, conclui Caliman.
Fonte: Folha Vitória.