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21 de junho de 2024Prefeitura de Aracruz realiza live para discutir as práticas pedagógicas do Atendimento Educacional Especializado (AEE)
A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Espírito Santo (Senac-ES), promoveu na noite desta quarta-feira (19), uma live sobre as práticas pedagógicas do Atendimento Educacional Especializado (AEE). O tema em questão foi proferido pela Doutora em educação, a professora Ariadna Pereira Siqueira Effgen, e transmitida em canal oficial e destinada a professores, pedagogos e diretores da Rede Municipal de Ensino que atendem a educação inclusiva.
A Secretária da Semed, Jenilza Spinassé, deu as boas vindas ao público-alvo, destacando a mais nova conquista da educação para o município de Aracruz. “Muito boa noite aos educadores especiais do nosso município, que tem cada vez mais nos surpreendido pelo trabalho na nossa rede. Hoje Aracruz foi contemplada com um prêmio em nível estadual. Fomos reconhecidos como o melhor município, de 30 a 100 mil habitantes, com a melhor educação estadual, no Prêmio Band Cidades Excelentes 2024. Os critérios avaliados foram: investimento e infraestrutura nas escolas, avaliação pela comunidade escolar e formação continuada. E hoje à noite, acontece mais uma formação continuada, com a professora Ariadna, que mais uma vez, estará conosco, desta vez, para discutir os desafios da educação inclusiva, de nos ajudar a perceber, dentro de nossas práticas, o que precisamos intensificar para a garantia da inclusão de todos os nossos estudantes”, pontuou.
Ainda de acordo com Jenilza, a ideia da live é fazer com que todas as pessoas envolvidas nesse processo, possam entender a importância das salas de recursos do atendimento educacional especializado. “Os profissionais da educação especial têm um papel fundamental na inclusão das crianças com deficiência, isso porque eles promovem um trabalho colaborativo, contribuindo na coordenação da proposta educativa (PEI). Já tivemos um importante diálogo envolvendo diversos segmentos da comunidade escolar, e juntos, conseguimos identificar possibilidades de encaminhamentos para uma nova proposta de aprimoramento do processo inclusivo”, completou.
A professora Ariadna Pereira iniciou sua apresentação falando do conceito do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é aquele que identifica, elabora e organiza os recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminam as barreiras para participação dos estudantes com alguma necessidade específica. “Também vamos tentar responder ao longo do nosso percurso formativo, qual a função do professor especialista, o que eles esperam, o que os professores da sala regular esperam e quais as práticas pedagógicas do Atendimento Educacional Especializado (AEE)”, questionou.
Por meio de slides, ela apresentou uma imagem para facilitar o entendimento dos participantes quanto à garantia do direito à educação. “Estamos falando de algo que está preconizado na nossa constituição desde 1988, porém, ainda lutamos para essa garantia. O Atendimento Educacional Especializado deve ser trabalhado no viés daquilo que é uma forma para garantir esse atendimento ao aluno com alguma condição”, explicou.
Ela mostrou que o AEE é sustentado por duas grandes colunas, que são as salas de aulas comuns e de recursos, com o atendimento educacional especializado acontecendo nas duas salas, uma complementando outra. “Segundo o autor Cury, a sala de aula é um espaço privilegiado do ambiente institucional da escola, e do fazer docente. É o lugar apropriado do direito de aprender do discente, de onde se projeta para um mundo, que vai rompendo fronteiras, e revelando, ainda que por contradições, o caráter universal do homem”, disse.
A professora citou exemplos de seu trabalho, com vídeos educativos usados em sala de aula, como por exemplo, simulando ambientes com materiais como areia e isopor, mostrando como as consequências das chuvas para as casas que são construídas em encostas, assim como outros materiais usados como maquetes, ou artes em alto-relevo para atender alunos com deficiência visual. “O autor Batista Hass disse que o grande desafio é fazer dialogar os saberes dos profissionais do ensino comum e especializado, em torno de um objetivo comum, pois a diferença da cultura escolar, é diferenciar a atribuição de cada um”, completou Ariadna.
Finalizando, ela mostrou que a escola deve ter um conhecimento e compreensão do aluno, estudando com eles e ensinando-os a estudarem. “O planejamento reflexivo e em conjunto com os demais profissionais que atuam com o aluno, a reflexão e avaliação frequente das práticas pedagógicas, assim como as trocas de experiências e informações com outros serviços de apoio, e participação em grupos de estudos, são exemplos de ações de implementação”.
Fonte: PMA