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7 de fevereiro de 2022Síndrome de Burnout: o que as empresas devem fazer para garantir a saúde mental dos funcionários
Visando estabelecer um ambiente mentalmente saudável para os funcionários, alguns pontos merecem atenção da empresa na hora de manter uma relação de trabalho com seus colaboradores.
O esgotamento profissional ou estresse crônico no trabalho tem nome: Síndrome de Burnout. Desde o dia 1º de janeiro, a patologia é reconhecida como doença ocupacional pela Organização Mundial de Saúde. Isso significa que agora os funcionários das empresas que lidam com essa enfermidade têm direito ao afastamento por licença médica, estabilidade e outras garantias previstas nas leis trabalhistas.
Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país em número de casos de Burnout. Com essa doença cada vez mais notificada, a atenção com a saúde mental segue em alerta.
De acordo com a pesquisa World Mental Health Day 2021, realizada pelo Instituto Ipsos, 75% dos brasileiros se preocuparam com a saúde mental no ano passado.
Segundo a psicóloga organizacional especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva e professora da FGV Edwiges Parra, partindo do ponto de vista organizacional, as empresas têm papel fundamental na vida de seus colaboradores, não apenas no âmbito profissional, mas devido ao senso de comunidade e pertencimento.
Como um líder deve se posicionar diante disso
Edwiges destacou os pontos de atenção, ações palpáveis na prática e como deve ser o posicionamento do líder ou gestor diante de uma situação que pode acarretar o desenvolvimento de Burnout em um colaborador.
Para a especialista, visando estabelecer um ambiente mentalmente saudável para os funcionários, alguns pontos merecem atenção da empresa na hora de manter uma relação de trabalho com seus colaboradores:
Empresas devem ficar atentas a alguns pontos fundamentais:
“O primeiro ponto de atenção é conhecer seus colaboradores. As empresas devem reunir as informações que já dispõem, mas não dão a devida importância, tais como relatórios de saúde da companhia que averiguam a saúde geral de suas pessoas dentro da organização. O cruzamento desses dados com os relatórios de pesquisa de clima, que não somente medem o nível de satisfação de seus funcionários, mas também a escala de humor predominante na cultura da empresa, vai traduzir a qualidade das relações e habilidades sociais dentro da organização.”
“O segundo foco é promover a saúde mental de forma integrativa, dentro do contexto da saúde clínica. Ou seja, se o ambiente de fato é inclusivo, diverso e respeita as biografias existentes, trabalhando com o possível para o bem-estar de todos e compreendendo os cenários e a realidade disposta do momento, deve-se contar com uma rede de apoio de médicos especializados (psiquiatra, psicólogo, cardiologista, endocrinologista, nutricionista e profissionais de educação física), além também de uma rede de apoio social (jurídica e econômica), para promover a integração das famílias, líderes e colegas de trabalho.”
“No cenário atual, em um momento de pandemia e novas perspectivas, tecnologia 4.0, as empresas devem ser um espaço de promoção da saúde como um todo, fazendo conexões, com ações concretas, sustentáveis e com longevidade para haver monitoramento, pesquisa e ações corretivas”, destacou.
Caso uma empresa identifique que um colaborador está precisando de suporte psicológico, Edwiges destacou o que pode ser feito pelos gestores.
Segundo ela, é extremamente importante considerar o quanto cada gestor conhece as pessoas, dentro de cada grupo, e compreendem aqueles que fazem parte do círculo.
FONTE: FOLHA VITÓRIA