Sonho possível! Capixaba Vôlei dá o primeiro passo para entrar no cenário nacional do esporte

Capixaba Vôlei recoloca o vôlei do Espírito Santo numa competição nacional profissional depois de 16 anos e disputa a Superliga C a partir do dia 7, em Maringá

Elenco do Capixaba Vôlei Clube é formado basicamente por jogadores do Espírito Santo

Um sonho que recomeça. Assim pode ser visto o projeto de recolocar o vôlei do Espírito Santo numa competição nacional profissional depois de 16 anos. Essa é a missão do Capixaba Vôlei Clube, equipe masculina criada este ano para disputar a Superliga C, que é o primeiro passo para retornar à elite do vôlei.

A equipe capixaba está na chave com sede em Maringá (PR) e vai enfrentar times tradicionais como o Flamengo. O time viaja no sábado (4) e estreia no dia 7 contra o Itapema Vôlei (SC). Climed/Atibaia (SP), Flamengo, Iacanga Vôlei (SP) e Maringá (PR) completam a chave.

Em seu primeiro ano de existência, a ideia é competir e tentar surpreender equipes com mais experiência e de maior investimento.

“Aparentemente, a chave está boa. Flamengo e Itapema devem jogar com atletas sub-21. As outras equipes não temos como saber. Sempre esperamos o melhor. Estamos com atletas do Estado, apenas o Rogério Mineiro é de fora. Nossa chave tem equipes com mais orçamento, mas iremos confiantes”, analisou o treinador do Capixaba Vôlei, Edson Guerra “Alemão”.

Ex-jogador de vôlei de praia, com carreira de sucesso no Circuito Brasileiro, Alemão lidera a comissão técnica que tem os auxiliares Jordan Moreira e Sanderson Pimentel.

Reforço com experiência europeia

Muryllo ataca a bola durante treino do Capixaba Vôlei antes da viagem para Maringá

O time começou a treinar em março deste ano e foi, aos poucos, ganhando peças importantes. Uma delas é o ponteiro Muryllo Coutinho. Apesar de jovem — faz 28 anos no sábado —, o jogador de 1,89m de altura é um dos mais experientes. Ele jogou duas temporadas no Chipre e estava no vôlei da Espanha até o encerramento na atual temporada europeia.

“É a minha primeira vez na competição, depois de muito tempo fora do Brasil. A expectativa é alta! Eu entro nas competições sempre querendo ganhar. Mas é uma chave muito complicada, com times que estão participando de competições de alto nível, comparada às que nosso time tem competido por aqui, em termos de nível de exigência da competição”, avalia Muryllo.

Apesar da inexperiência do time em competições do mais alto nível, o ponteiro lembra que o Capixaba Vôlei foi base do time campeão dos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) no mês passado. E mostra alegria e confiança para a disputa em Maringá.

“Acredito que possamos ir bem na competição. Depois de anos do Espírito Santo fora, fico feliz por estar fazendo parte disso. É muito gratificante”, completou Muryllo.

Capitão ansioso para ver a bola subir

O Capixaba Vôlei leva o nome à risca e tem quase 100% da equipe formada por jogadores do Espírito Santo. O capitão Arthur Dalapícola é um deles. Com 27 anos e 1,85m de altura, ele está ansioso para ver o vôlei capixaba novamente numa competição nacional — o último time do Estado a jogar uma competição profissional nacional foi o Álvares Cabral, na Superliga de 2007.

“Estamos ansiosos para enfrentar o desafio mais emocionante da nossa história, que é a Superliga C. Sabemos que teremos adversários de peso, como Flamengo e Atibaia, mas estamos prontos para demonstrar o nosso valor”, cravou Arthur.

O ponteiro, que começou a carreira no Álvares Cabral, confia que a equipe vai escrever um bonito capítulo da sua história em Maringá.

“Estamos confiantes de que a união e a determinação que construímos como equipe nos impulsionarão a alcançar grandes conquistas na Superliga. Nossa trajetória até aqui tem sido marcada por vitórias, e estamos prontos para adicionar mais um capítulo de sucesso à nossa história”, completou.

Recorde de equipes

A Superliga C tem seis anos de existência e bateu recorde de equipes inscritas este ano. São 66 times, divididos em oito sedes. O campeão de cada sede garante vaga na Superliga B.

“A Superliga C é voleibol superlativo. São mais de 1.200 atletas e temos as cinco regiões do Brasil representadas por equipes de 18 estados”, comemora o diretor técnico da CBV, Jorge Bechara.