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5 de janeiro de 2024Novo presidente do Vitória, José Augusto Mattos explica que obras de ampliação do estádio Salvador Costa começam no dia 8 e serão entregues ainda em 2024
Aos 111 anos de idade, o Vitória Futebol Clube quer rejuvenescer. E, para isso, a visão da diretoria não se restringe ao que acontece dentro das quatro linhas e há uma aposta em ações de marketing mais atrativas ao público mais jovem e que miram também as crianças e as mulheres.
A maior cartada, no entanto, é a reforma do estádio Salvador Costa. Inaugurado em 2 de abril de 1967, com o jogo Vitória 0 x 1 Botafogo, o estádio de 56 anos vai passar pela sua principal remodelação já a partir da próxima segunda-feira (8). A atual capacidade máxima, de três mil pessoas, será ampliada para cinco mil torcedores ao final da obra, prevista para ser entregue no fim de 2024, mas já com possibilidade de ampliação para seis mil torcedores.
“Esse projeto é um filho nosso que vai crescer. No dia 8 de janeiro começam as obras. A ideia é, lógico, aumentar renda e receita, mas visa também esse aumento da torcida do Vitória. A ideia nossa é poder disputar finais do Capixabão e da Copa Espírito Santo aqui em Bento Ferreira”, explica o presidente do Vitória, José Augusto Bermudes Mattos.
Eleito no fim de 2023 e recém-empossado no cargo, José Augusto, o Guto, confia na tabelinha entre bom planejamento dentro e campo e ações inovadores de marketing fora dele para levar o time às principais divisões do futebol brasileira e fazer crescer a torcida alvianil.
FOLHA VITÓRIA — Você faz parte de um grupo que está no comando do Vitória desde 2017. A impressão que esse grupo passa é que existe uma estratégia pensada para rejuvenescer o clube e a sua torcida. Isso é uma verdade ou é coincidência?
JOSÉ AUGUSTO MATTOS — Tá perfeito, você tá completamente com razão. É uma estratégia de trazer novos torcedores para cá, principalmente crianças e mulheres. Você vê nos jogos aqui uma verdadeira festa. A torcida do Vitória cresceu muito nesses sete anos e a gente tem muito orgulho de poder ter ajudado nesse crescimento da nossa torcida.
O Vitória viveu um momento de ascensão no período pré-pandemia, com boas campanhas e estádio cheio. Depois, precisa recomeçar esse trabalho. Dá mensurar o tamanho do prejuízo que essa parada forçada pela pandemia trouxe?
Prejuízo foi grande, né? Tivemos perdas enormes, porque mantivemos salários dos jogadores. Financeiramente e em questão de visibilidade, não foi legal. Mas isso já passou, o clube seguiu. Hoje fizemos várias modificações e melhorias na parte patrimonial do clube. Construímos uma arena soçaite pra nossa escolinha e para os usuários que é um sucesso. Criamos a loja do Vitória, só com produtos do Vitória! Fizemos melhoria nos vestiários, no gramado, na iluminação! E, na parte do futebol, a ideia é profissionalizar o clube. Então, contratamos um gerente de futebol que é o Lucian (Barros), que faz toda a parte de contato com jogadores, com comissão técnica e traz pra gente avaliar no orçamento. E essa é outra questão que tratamos com muito carinho aqui: cada centavo aqui tem que ser bem justificado.
Dentro de campo, o que o torcedor do Vitória pode esperar neste Capixabão?
Futebol não é matemática, né? A gente tá dando todas as condições para o nosso treinador, que é Cassio (ex-lateral-esquerdo do Vasco da Gama, campeão brasileiro pelo time em 1989), para montar um grande time. Trouxemos jogadores de fora e demos todas as condições. Eu acredito muito que este time vai dar liga. Temos trabalhado muito e temos tudo pra acertar. Todo trabalho tá sendo feito para termos sucesso no Capixabão e na Copa Espírito Santo.
A maior cartada deste grupo político que hoje você encabeça é a assinatura do início das obras de ampliação do estádio Salvador Costa?
Esse é um filho nosso que vai crescer. Fechamos o contrato semana passada e no dia 8 de janeiro começam as obras de ampliação. Hoje a capacidade do estádio é de três mil pessoas e nós vamos passar nessa primeira fase para cinco mil torcedores, podendo chegar a seis mil. É um projeto que visa a dar melhores condições à nossa torcida, melhoria de bem-estar para vir aqui assistir ao futebol. A ideia é, lógico, aumentar renda e receita, pois vai nos dar essa oportunidade, mas é pensando também nesse aumento da torcida do Vitória.
Qual é a previsão de entrega da obra?
Esse projeto será feito em três etapas. A primeira tem previsão de quatro meses, aumentando em 600 pessoas a capacidade, na área atrás do gol. Na segunda etapa, avança um pouco mais em direção ao lado oposto da arquibancada atual. E a previsão é que, até o final do ano, complete essas três etapas, com arquibancada até a metade do campo no lado oposto ao da arquibancada atual. Até dezembro fica pronto. Depois disso, com mais tempo e dinheiro, existe a possibilidade de fechar o último lance da arquibancada para chegar aos seis mil. É um projeto de arquibancada em formato de ferradura. O projeto já aprovado na Prefeitura é com esse formato de “U”. A ideia nossa é poder disputar finais de Capixabão e Copa Espírito Santo aqui em Bento Ferreira.
Esse projeto é bem diferente de outros que já foram apresentados aos clube, mas não avançaram, como o que previa a construção de um centro de ensino no mesmo local do estádio…
Esse não tem nada a ver. É um projeto novo, que já foi concebido com uma ideia nova e que já está aprovado na Prefeitura. Vamos executar!
Com o início das obras, em algum momento o Vitória vai precisar treinar ou jogar em outro local?
Não. A gente vai separar o local e vai fazer por etapas. Não há essa preocupação..
Esse é o grande trunfo da diretoria, sempre com o objetivo de fazer o Vitória subir de divisão nas competições nacionais?
Esse é o grande objetivo nosso. Este ano vamos disputar só o Capixaba e a Copa Espírito Santo. O planejamento é pra sermos campeões das duas para disputar a Série D do Brasileiro em 2025 e a partir daí subir para Série C e assim por diante.
Fonte: Folha Vitória.