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Em Vitória para palestra do evento comemorativo aos seus 70 anos, Zico fala sobre a política do Flamengo, questiona os resultados de 2023 e diz o que é necessário para recuperar Gabigol
Maior nome da história do Flamengo, Zico esteve em Vitória na noite desta quarta-feira (20) para palestrar em um evento comemorativo aos seus 70 anos de idade. Antes de subir ao palco e fazer a alegria dos rubro-negros, o Galinho questionou os resultados do time em 2023, contou o que espera do Fla na próxima temporada e sobrou até para Gabigol, que terminou o ano na reserva.
Zico, que fora das quatro linhas atuou por pouco tempo no clube como diretor de futebol em 2010 — por somente quatro meses, na gestão de Patricia Amorim—, também respondeu sobra a possibilidade de voltar ao Flamengo como presidente ou em algum cargo de gestão. E foi tão preciso na resposta como eram suas cobranças de falta.
“Não! Nunca! Seria a última coisa na minha vida que poderia acontecer. Meu ciclo de Flamengo já tá encerrado”, cravou Zico.
Confira o que Zico falou:
Idolatria
“Acho que ainda não fizeram um loucura muito grande por minha causa, pelo menos espero, mas recebo até hoje muitas homenagens. Tatuagens, nomes dos filhos, que é a maior homenagem que alguém pode fazer. Isso é fruto da minha dedicação, dos anos de amor à profissão, é um reconhecimento muito importante.”
Zico presidente do Flamengo?
“Não, nunca! A gente não diz a palavra nunca, mas seria a última coisa da minha vida que poderia acontecer. Se eu puder fazer qualquer outra atividade, eu faço. Mas meu ciclo de Flamengo já tá encerrado. Agora e só torcer e esperar que eles possam dar alegrias ao torcedor rubro-negro.”
Falta de títulos em 2023
“Pra começar, o primeiro erro foi a saída do Dorival. Foi o ponto principal. O treinador ganha dois títulos importantes, a Libertadores (2022) e a Copa do Brasil (2022), classifica o time para o Mundial, e até hoje não sei por que tiraram o Dorival. Por incompetência não foi. E coloca no lugar dele um treinador que perdeu pra ele (Vitor Pereira era o treinador do Corinthians na final da Copa do Brasil de 2022)! Pra qualquer time, o ano seria excelente. Mas as pessoas cobram pelos títulos. Gerou uma expectativa muito grande de conquistas e elas não aconteceram.”
Gabigol
“Em forma, ele não pode ficar fora de time nenhum, nem da Seleção. Pelo goleador que é, pelo grande jogador que é. Ele entendeu o que é jogar no Flamengo, por isso é ídolo. O problema foi a falta de confiança do treinador nele nesta fase final da temporada. E aí tem que saber o que acontece lá dentro e eu não sei porque eu não tô lá. É torcer pra que ele volte à melhor forma e para que o treinador bote de novo de titular. Ele era o Gabriel Barbosa e não virou o Gabigol à toa!”
Pressão por conquistas
“Nos últimos cinco anos, Flamengo e Palmeiras dominaram o futebol brasileiro. O clube investe muito, tem uma renda e um faturamento muito grande e a tendência de ganhar maior com o poderio financeiro que o clube tem e os jogadores que ele consegue contratar. Mas, às vezes, chega e não ganha. Final é final.”
Seleção Brasileira com Diniz
“Não falo de possibilidades, eu falo de realidade. A capacidade do Diniz não se discute, ele é merecedor. Mas, pra mim, Seleção Brasileira é pra quem vive 24 horas por dia a Seleção. Esse é o principal ponto. Não lembro, nesses meus anos todos de futebol, ter visto isso acontecer de um dia o cara tá na Seleção e, no outro, tá montando o treino do seu time. E não é por falta de tempo de trabalho. Na minha época, tinha menos tempo ainda! Futebol de hoje não comporta essa situação de o cara ser treinador da Seleção e de time ao mesmo tempo.”
Chances do Fluminense contra o Manchester City
“Tem chances, sim. É jogar o futebol que o fez chegar na final. O Fluminense é um time preparado, fez por onde chegar onde chegou. Lá dentro, são 11 contra 11. É jogar o futebol dele.”
Fonte: Folha Vitória.