Por g1
Criminosos podem assumir o controle da câmera do seu celular com a ajuda de aplicativos espiões e códigos maliciosos. Mesmo longe da vítima, uma pessoa pode usar estes recursos para gravar vídeos e tirar fotos sem autorização (veja ao final como se proteger).
A tática é a chamada “execução de código”, em que códigos de programação permitem coletar imagens com o celular da vítima e enviá-las para outra pessoa. Para isso, os bandidos procuram formas de instalar aplicativos no aparelho de quem será espionado.
Com esses aplicativos, os golpistas podem não apenas ativar a câmera, como também ligar o microfone, acessar a localização e abrir e-mails, por exemplo. A ideia é obter material para praticar outros crimes, como extorsão.
Uma das formas de acessar celulares à distância para infectá-los é mandar links fraudulentos em e-mails e sites que induzem o usuário a instalar o aplicativo.
Até mesmo vídeos enviados em apps de mensagens podem ser usados para camuflar códigos maliciosos, como indicaram especialistas que investigaram a suspeita de espionagem contra o bilionário Jeff Bezos, em 2018.
Mas o método que força o download à distância é considerado caro e não é usado com frequência.
Para contornar esse obstáculo, golpistas buscam outros meios de acessar um aparelho para infectá-lo, como aproveitar celulares que estejam ao seu alcance. Esse tipo de crime pode ser cometido por pessoas conhecidas da vítima ou mesmo funcionários de lojas de assistência técnica.
Outras oportunidades visadas pelos criminosos são:
Invadir um dispositivo para obter informações sem autorização do titular é crime e pode levar a até 5 anos de reclusão, além de multa. Os aplicativos espiões são conhecidos como “stalkerware“, que junta os termos “stalking” e “spyware” (“perseguição” e “programa espião”, em inglês).
Se você desconfiar que o seu celular está sendo espionado, leve o aparelho a um perito confiável e especializado em crimes cibernéticos. O profissional poderá verificar se há aplicativos inesperados no aparelho.
Se a suspeita for confirmada, é importante registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia e fazer uma denúncia no Ministério Público.
Fonte: g1.globo.com