Segundo semestre conta com programação de atividades culturais
No dia 22 de agosto de 2022 inicia-se o ciclo de oficinas de arte e cultura Oficinando, na Oficina de
Artes & Cia., em Coqueiral de Aracruz. O ciclo traz uma série de oficinas: Práticas Cênicas, Práticas de
Produção e Intercâmbio Cultural, Expressão Corporal, Expressão Vocal e Artes Integradas, que vão
até o princípio de novembro e são uma realização da Rede Santa Cruz de Ecologia e Cultura
(REDESCEC) com o apoio da Associação de Moradores de Coqueiral (AMOC).
A associação do bairro da orla que faz 45 anos em setembro é uma das responsáveis pela
administração do espaço, que pertence à Suzano, mas cuja construção foi realizada pela Aracruz
Celulose em favor das comunidades. Com o objetivo de promover o exercício da função social do
espaço, a organização tem promovido em rede debates junto a parceiros pelo turismo cultural e
ecológico na região, como a Associação das Empresas de Turismo de Aracruz (AETA) e a Estação de
Biologia Marinha Augusto Ruschi (EBMAR).
Além das oficinas, as organizações têm promovido a colaboração interinstitucional para a realização
de projetos de eventos atrativos em parcerias em Aracruz. No próximo dia 01, na quinta-feira, será
realizada a primeira apresentação do programa Amostragens, que trará uma série de eventos
musicais, literários, seminários e debates no segundo semestre de 2022. A programação da noite
trará atrações musicais locais e uma cena de leitura dramatizada em campanha pela angariação de
fundos para a segurança antichamas do espaço.
A organização do evento conta com a participação do Comitê Cultural AMOC, que tem a expectativa
do engajamento da comunidade para a resolução de desafios que abram a possibilidade da
continuidade das apresentações.
— Há bastante tempo já que desejamos conseguir atuar mais fortemente nas atividades dentro da
Oficina de Artes & Cia., que é um espaço importante e já tem bastante história para contar mas que
precisa de um trabalho continuado para se estabelecer. Ficamos felizes de finalmente estar
conseguindo isso em rede. Esse e outros espaços da comunidade podem e devem ser
potencializados. — argumenta Daniel Caldas, presidente da organização.
Já Ana Paula Cavalari, que é a Secretária, defende a realização de um trabalho direcionado no local:
— Enquanto não se consegue realizar atividades de fato culturais no espaço, pois dependem da
conjunção de um trabalho de diversos atores, o espaço fica obsoleto e acaba sendo usado com os
mais diversos fins, menos os de maior vocação. Acreditamos que é um momento importante de
promover os debates pela melhor apropriação desse espaço especialmente pois há profissionais na
região que podem colaborar tecnicamente, como o Peter Boos, que é das Artes Cênicas, faz parte do
nosso coletivo e está ajudando no desenvolvimento de uma programação artística, além de ministrar
oficinas, e a Priscila Srebro, que já participou de diversos grupos culturais.
Eduardo Hubner, que é coordenador do comitê de cultura, salienta a questão da liberação dos
bombeiros para o uso do espaço: — Nossa maior dificuldade nesse momento é a aplicação do
material antichamas no forro do teatro, que custa em torno de R$50.000. Enquanto a comunidade
não se mobilizar para garantir que esse investimento no espaço aconteça, fica muito difícil dialogar
com os diversos agentes pelo bom uso desse local e sobre o desenvolvimento cultural da nossa
região. Pedimos apoio a todos de Aracruz e entorno para vencermos esse desafio.
As inscrições para o ciclo de oficinas abrem no dia 15 de agosto e vão até o dia 20, através de
preenchimento de formulário eletrônico que pode ser encontrado na página @oficinando.redescec
no Facebook e no Instagram.