A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Educação (Semed), realizou na noite desta quarta-feira (8), no Plenário da Câmara Municipal, um encontro com pais e responsáveis de estudantes da Educação Especial/Inclusiva para apresentar propostas do novo planejamento dos profissionais de apoio. Estiveram presentes as secretárias de Educação (Semed), Jenilza Spinassé, de Assistência Social (Semas), Iohana Kroehling, o Procurador-Geral (Proge), Dr. Thiago Pierote, além de vereadores, servidores da educação e técnicos da Semed.
O encontro objetivou prestar esclarecimentos após a publicação de uma notícia e dar o posicionamento da prefeitura. Diferentemente do que foi publicado na matéria, de que “uma decisão foi comunicada sem diálogo com educadores”, a Semed vem estruturando uma reorganização do trabalho de forma a garantir uma educação mais inclusiva, voltada  ao direito à aprendizagem de todos os estudantes, pois ela entende que a inclusão vai para além da socialização de estudantes público-alvo da educação especial, o que exige dos profissionais a busca permanente de novas estratégias de ensino para todos.
A Secretária Jenilza Spinassé abriu a fala garantindo o atendimento necessário a todos os estudantes e explicou o mal entendido ocorrido. “Gostaria primeiramente de dizer aos senhores pais da importância de estarmos aqui refletindo e discutindo o grande desafio que é trabalhar a educação inclusiva de forma transparente, garantindo a aprendizagem de todos os estudantes”, disse.
A secretária chamou os diretores escolares, pedagogos e professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) à frente da plenária, para esclarecer o atual quadro de profissionais de apoio nas escolas e reafirmar que nenhum estudante ficará sem o devido atendimento. “A verdade precisa ser dita. Ficamos indignados quando notícias falsas são espalhadas. Nossos filhos precisam da socialização, porque ela é muito importante e nós aprendemos uns com os outros. Mas também temos que garantir que cada criança, independente do seu nível cognitivo, da sua condição, que ela saia melhor do que quando entrou. Nenhuma escola perdeu o suporte dos auxiliares neste ano de 2023. Isso é incontestável, pois a lei garante isso”, destacou.
Em seguida, a professora de AEE, Alline Siqueira, que também é mãe de uma pessoa com deficiência, por meio de um telão, fez a apresentação da proposta do novo planejamento dos profissionais de apoio e falou do seu desafio. “Minha filha frequentou a rede por 10 anos e eu sei que os pais sempre precisam se unir em prol dos direitos de seus filhos. Falo isso porque sou conhecedora de causa e sei o que vocês reivindicam”, pontuou.
Os pais e responsáveis acompanharam a apresentação que mostrou as principais ações em 2022 de fortalecimento da educação especial na perspectiva inclusiva, como visitas permanentes em todas as instituições de ensino, realização de mais de 80 formações com todos os servidores da educação, abertura de novas Salas de Recursos Multifuncionais, contratação de mais de 20 Professores de Atendimento Educacional Especializado, além de também iniciar um trabalho piloto em cinco escolas polo com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais, por meio de uma parceria entre Semed e secretaria de Saúde (Semsa).
“Sou pai do Marco Aurélio de nove anos. Ele é aluno do 4º ano na EMEF Coqueiral e tem autismo. Fiquei preocupado quando li essa notícia, porque após ter conseguido uma Auxiliar de Professor da Educação Básica (APEB) para meu filho na escola, uma semana depois fui informado que ela não voltaria, o que causaria uma grande frustração. Mas ao procurar a Semed, mesmo sem ter marcado horário, fui muito bem recebido e me garantiram que o atendimento ao meu filho continuaria. Como a escola já vinha fazendo um trabalho de longo tempo, achei que tudo viria por terra, porém me explicaram que esse suporte é direito do meu filho e que não seriam retirados”, explicou Marcos Antônio Loureiro. 
O que ficou acordado?
Após a apresentação, foi aberto um espaço para que os pais presentes pudessem fazer suas perguntas e expor suas opiniões. Diante do exposto, ficou acordado que cada diretor deverá organizar a distribuição dos profissionais de apoio que se encontram nas escolas desde o ano passado, de acordo com as necessidades específicas já identificadas.

Também será constituído um Colegiado com representantes das famílias dos estudantes público-alvo da Educação Especial, juntamente com representantes de órgãos e instituições envolvidas no trabalho com a Educação Especial/Inclusiva e, assim serão estudadas as possíveis estratégias, planejamento e esclarecidas todas as dúvidas em relação às legislações vigentes.
A Semed continuará apoiando as escolas, a comunidade escolar e reafirma o compromisso com a melhoria da qualidade da educação pública, garantindo o direito de aprendizagem para todos os estudantes. Caso seja necessário estender a carga horária do APEB, monitor ou cuidador, a equipe responsável pela organização do trabalho na escola estará providenciando, junto a Semed.
Fonte: Prefeitura de Aracruz.