A recomendação é do Ministério da Sáude. Segundo a Pasta, um intervalo menor entre as duas doses poderia acarretar em risco de reações adversas mais intensas

O Ministério da Saúde recomendou que a aplicação das duas doses do imunizante desenvolvido pela Pfizer/Biontech para crianças entre 5 e 11 anos de idade sejam realizadas com um intervalo de 8 semanas (2 meses). O anúncio foi feito no fim da tarde desta quarta-feira (05). 

Segundo Rosana Leite de Melo, secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, esse intervalo foi observado como mais seguro para evitar reações adversas maiores. Além do Brasil, países como Austrália, Canadá, Espanha, Reino Unido e Portugal adotaram 2 meses entre as vacinas.

Critérios de segurança foram exigidos para evitar reações adversas

Rosana disse ainda que antes mesmo do anúncio de aprovação feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por análises seguras e critérios estabelecidos, não só os de segurança, o Ministério da Saúde buscou informações sobre a diferenciação entre as vacinas destinadas ao público mais velho e as crianças.

“O imunizante é totalmente diferente do que é usado para os adultos: quantidade da dose, cor da embalagem, a quantidade de RNA… Tivemos um cuidado para dar muito mais segurança para a aplicação das doses”, afirmou.

Segundo o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a vacina para as crianças possui 1/3 da dose da versão aplicada em adultos. Ela foi desenvolvida pela Pfizer/Biontech especificamente para contemplar esse grupo.

Ao todo, o Brasil conta com 20 milhões de crianças nessa faixa etária atualmente. No caso de todas serem contempladas, serão necessárias 40 milhões de doses para imunização completa.

Neste primeiro momento, serão disponibilizadas 3,74 milhões de doses a serem enviadas para o Brasil a partir do próximo dia 13 de janeiro. Esse montante será divido e enviado ao longo de três semanas em lotes de 1,248 milhões de doses cada.

Assim que chegaram ao país, um cronograma de envio para os Estados será realizado.

A decisão de incluir crianças entre 5 e 11 anos de idade no Plano Nacional de Imunização, sem a exigência de receita médica, veio após a realização de uma consulta pública com a população, encerrada no último dia 2 deste mês, e também de uma audiência pública que reuniu profissionais da área de saúde, especialistas e representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, realizada terça (05).

Ministro da Saúde diz que espera ter sucesso durante a

campanha

Durante o pronunciamento, Queiroga ainda se dirigiu aos pais e responsáveis das crianças. “Todos aqueles que quiserem vacinar os seus filhos, o Ministério da Saúde vai garantir doses da vacina e cuidará para que as normas recomendadas pela Anvisa, em relação a aplicação da vacina, sejam seguidas na ponta”. E complementou, “espero que tenhamos sucesso nessa campanha”.

Fonte: Folha Vitória